Foto: Produção Rede Arandu.

 

No dia 26 de maio, inicia o ciclo de palestras “Saberes Indígenas, Gênero e Sexualidade em Diálogo”, uma série de encontros mensais com transmissão ao vivo às 19:30 horas pelo canal do YouTube do INCT Caleidoscópio.

 

O curso de extensão tem como propósito central ampliar os espaços de reflexão sobre as epistemologias indígenas e suas perspectivas sobre corpo, gênero e sexualidade. A presença e o protagonismo de vozes indígenas nesses debates são fundamentais para descolonizar o conhecimento acadêmico e ampliar a visibilidade dessas cosmologias e compreensões sobre as diversas formas de existência e de relação no mundo. Assim, a formação pretende criar um espaço de escuta, troca e formação que aprofunde reflexões e colaborações no campo de pesquisa sobre Povos Indígenas, Gênero e Sexualidade, ao mesmo tempo em que abre espaço e promove o reconhecimento de saberes outros na academia e na sociedade.

 

Alinhado a esse propósito, o curso tem como objetivos criar um espaço de escuta, troca e formação com pessoas – acadêmicas e não acadêmicas, de diferentes etnias, territórios, países e campos de atuação – que contribuam para aprofundar as reflexões e colaborações no campo de Povos Indígenas, Gênero e Sexualidade; promover o contato entre a comunidade discente e docente com a literatura existente sobre o campo de Povos Indígenas, Gênero e Sexualidade, fomentando novas perguntas e perspectivas; estimular a criação de redes e produções a partir dos encontros; e debater como as lentes de gênero e sexualidade permitem analisar questões particulares aos temas propostos para cada palestra, como políticas públicas e territórios, saúde, colonização, arte e performance, espiritualidade, entre outros.

 

Deste modo, o curso de extensão é promovido a partir de diálogos qualificados entre lideranças indígenas e pesquisadoras(es) acadêmicos, ao longo de oito meses com duração total de 60 horas. Os encontros acontecerão no período noturno com participantes de diferentes etnias, territórios, países e campos de atuação, promovendo o diálogo direto com autoras(es) e lideranças indígenas cujas ideias são centrais para o campo.

 

A iniciativa da rede Arandu (Rede Colaborativa de Pesquisa Povos Indígenas, Gênero e Sexualidade) irá propor mesas-redondas e palestras abertas ao público, com o objetivo de aproximar saberes acadêmicos e não acadêmicos e valorizar os conhecimentos indígenas em diálogo com as temáticas de gênero e sexualidade. Abordando questões centrais para a compreensão das interseções entre território, políticas públicas, sexualidades e corporeidade nas comunidades indígenas e colonas, os encontros virtuais e gratuitos têm início em maio e se estendem até o mês de dezembro.

 

A programação começa com o tema “Direitos Indígenas, Políticas Públicas, Território”, que contará com a participação de Niotxarú Pataxó, do Ministério dos Povos Indígenas (MPI); Gualoy Guarani e Kaiowá, da JUIND (Juventude Indígena da Diversidade Guarani Kaiowá) no dia 26 de maio. O segundo encontro está previsto para o dia 23 de junho e abordará o tema “Sexualidades Indígenas”. Em breve, serão anunciados mais detalhes da programação deste e dos demais encontros.

 

A presença e o protagonismo de vozes indígenas nesses debates são centrais para descolonizar o conhecimento acadêmico. Assim, pretende-se ampliar sua visibilidade e, na mesma medida, o horizonte de compreensão sobre as diversas formas de existir e se relacionar no mundo, destacando cosmologias e entendimentos diversos sobre experiências corporais e relações de gênero.

 

Dessa forma, a formação busca contribuir para a construção de pontes entre a universidade e outros espaços de produção de conhecimento. Ao promover o contato com a literatura existente na área, fomentar novas perguntas e estimular a criação de redes, a iniciativa fortalece a formação crítica dos participantes e questiona paradigmas eurocêntricos e heteronormativos predominantes na academia.

 

Ao incentivar o questionamento de paradigmas eurocêntricos e heteronormativos que ainda prevalecem na academia e na sociedade, a iniciativa também contribui para o desenvolvimento de perspectivas teóricas e metodológicas inovadoras, proporcionando um aprendizado situado por meio do diálogo direto com autoras(es) e lideranças indígenas cujas ideias são fundamentais para o campo. Com uma programação diversa e aberta, o curso pretende fortalecer redes de pesquisa, afeto e atuação política, contribuindo para a construção de pontes entre diferentes formas de conhecimento e para a democratização do saber.

 

Para participar do curso, não é necessário realizar inscrição prévia. Todos os encontros serão disponibilizados no canal do INCT Caleidoscópio no YouTube, ampliando o alcance e o impacto da proposta. Durante o curso síncrono, um formulário online será disponibilizado para registro de presença e emissão de certificado.

 

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